A Arte como Presente

setembro 25, 2019


É muito importante quando fazemos arte por nós mesmos – fazer por si é encontrar um pouco de si, um tipo de filosofia que reforçamos em vários momentos em nosso blog – mas… fazer pelos outros é ruim? Não mesmo, e pode ser mais engrandecedor e formador do que imaginamos.

Estamos acostumados a ver o trabalho de arte como “à parte”, “alienígena”, um hobby, um passatempo. Ele é respeitado quando está em pedestais nas galerias ou atravessando diferentes mídias ou alavancando vendas. Por sua vez, e independente disso, o trabalho de arte sempre é apreciado – e isso acontece porque arte é necessário ao ser humano: não importa em que nível, grau ou quantidade, todos somos de alguma maneira tocados pela arte e consumidores dela. Pinturas em paredes de cavernas, representações em pedra ou madeira, catedrais e templos, adornos em nossas roupas, desenhos em nosso corpo… a arte acompanha a história do homo sapiens tanto quanto a necessidade de comer ou a busca por um espaço para viver – e com funções bem específicas: a arte manifesta nossa identidade como pessoas únicas, mas também como povo, como coletivo.

O artista produz pra si, mas também para o outros, para sua comunidade. No entanto, costumamos dar o foco dessa produção ao artista: na convivência dele com seu mundo pessoal, sua ostra de produção, enquanto ele não se distancia tanto assim de outros: porque ele faz parte de um grupo e serve de alguma forma a este.

Em outros tempos e culturas, artistas eram essenciais – menestreis, bardos, bobos, pintores ou artesãos não pertenciam a castas retiradas da sociedade, em palcos exclusivos, mas viviam inseridos nessas comunidades, como ativos importantes delas, com funções que iam além do entreter, mas representar, marcar e significar, criando pontes entre as pessoas, ouvindo-as, reinterpretando suas palavras, criando diálogos com suas artes que extrapolavam a corriqueira apreciação: chamavam ao reconhecimento, encontravam vozes mudas e davam-lhes formas, levando os diálogos dos almoços e das tavernas para o lado de fora e ultrapassavam fronteiras, ganhavam espaços.

A humildade do artista está em reconhecer o quão nobre é sua profissão, mesmo quando o mundo não percebe. Como um monarca de cargo vitalício, ele vê além do que muitos veem, expressa o que muitos sentem, e por sua arte une todos os de seu círculo – bem como, tal qual o mesmo monarca, ele deve entender que é servidor de seu povo, por mais que sua arte também seja sua vida e que o primeiro engajamento que deve ter é consigo mesmo.

A arte é um presente. É para o artista que, através dela, encontra-se, e é para quem é tocado por ela, pois por ela, reconhece-se.

Texto de Luís Carlos Sousa.

Publicado por Daniel Brandão

O Estúdio Daniel Brandão produz quadrinhos, ilustrações, criações de personagens e mascotes. Aqui também são oferecidos cursos de Desenho, HQ, Desenho Avançado e Mangá, além de aulas particulares.

Conheça Elisa Gadelha

julho 25, 2019


Fale-nos um pouco sobre sua carreira.

Tudo começou quando tive contato com o Curso de Desenho do Estúdio Daniel Brandão aos 17 anos, foi uma experiência muito enriquecedora que me motivou a continuar desenhando e realmente investir na prática. Após concluir o curso, fui convidada a participar como monitora na turma de desenho para crianças, na qual estou atuando até o momento presente! Atualmente, faço ilustrações, dou aulas e faço ilustrações em paredes. Estou no processo de aprender a tatuar e qualquer outra vertente artística que apareça!

Qual quadrinho fez você desejar fazer quadrinhos?

Creio que a boa e velha Turma da Mônica, que fez parte de toda a minha infância, devorava todos que o dinheiro pudesse comprar. Costumava pedir a assinatura anual de aniversário todos os anos, vinham 5 por mês e eu sempre acabava de ler no mesmo dia!

O que está sendo produzido na sua prancheta no momento?

Como eu disse anteriormente, estou aprendendo a tatuar, então venho fazendo vários estudos pensados para tattoos. Porém não deixo de colocar ideias no meu sketchbook, tirinhas, flores e figuras femininas são os temas mais recorrentes por lá!

Como está sendo trabalhar em Os Mundos de Liz?

Uma experiência incrível! Nunca me imaginei criando histórias ou pelo menos mostrando elas pro mundo! Minhas tirinhas sempre foram algo mais meu, mais pessoal, uma forma de expressar algo que eu estava sentindo. Então surgiu essa oportunidade de publicar no jornal e tudo, fiquei muito animada, pois já era grande fã das publicações e foi tudo muito empolgante!

Últimas palavras.

É gratificante fazer parte desse meio artístico e trabalhar com tantos artistas incríveis! Sinto que estou sempre experimentando coisas novas nesse mundo e explorando novas possibilidades. Estou sempre disposta a aprender e trabalhar com coisas novas, aspiro algum dia ilustrar um livro infantil, ou quem sabe meu próprio quadrinho! Quero aproveitar e agradecer a todos que me possibilitaram chegar até aqui e espero continuar em constante evolução!

Publicado por Daniel Brandão

O Estúdio Daniel Brandão produz quadrinhos, ilustrações, criações de personagens e mascotes. Aqui também são oferecidos cursos de Desenho, HQ, Desenho Avançado e Mangá, além de aulas particulares.

Conheça Débora Santos

julho 11, 2019


Fale-nos um pouco sobre sua carreira.

Como a maior parte dos desenhistas desse mundo, também desenho desde pequena. Não lembro de um momento da vida em que eu não desenhava. Então, na adolescência, conheci alguns quadrinhos que me fizeram ler mais quadrinhos. Como sempre tive vontade de contar histórias e me expressar com imagens, acabei encontrando nessa linguagem uma forma mais livre de me expressar, de botar pra fora o que eu sentia, principalmente na adolescência. Por muito tempo foi assim, mas não me profissionalizei super jovem. Estudei Ciências Sociais na faculdade, mas nunca parei de desenhar. Durante minha graduação fiz cursos de quadrinhos, de desenho e pintura, fiz até estágio no museu da universidade (Universidade Federal do Ceará). Após formada, ingressei no curso de Licenciatura em Artes Visuais que na verdade era o que eu sempre quis estudar, mas acabei saindo para trabalhar com quadrinhos e ilustração. Hoje eu trabalho só com isso e também integro um selo de impressos independentes de Fortaleza, Netuno Press, composto por mim e Márcio Moreira, Brendda Lima, Nycolas Di e Talles Rodrigues, todos profissionais dessa área.

Qual quadrinho fez você desejar fazer quadrinhos?

Foi Sandman. Até então o que eu conhecia de quadrinhos eram coisas que geralmente encontrávamos nas bancas: Turma da Mônica, super-heróis e alguns mangás. Eu já tinha lido mangás que amigos me emprestaram, mas nunca tinha ficado tão deslumbrada quanto no dia em que li Sandman pela primeira vez. Eu queria desenhar como aquelas pessoas, queria fazer personagens misteriosos e sombrios, e desenhar fantasia e magia. Então devorei tudo e depois fui atrás de outros títulos do selo Vertigo. Na época, eu nem pensava em ser profissional, achava que era algo pra pessoas de realidades muito distantes da minha. Essa vontade só veio muitos anos depois, quando eu já estava terminando a faculdade.

O que está sendo produzido na sua prancheta no momento?

Agora estou fazendo um quadrinho baseado na tese de uma antropóloga (o roteiro é dela). Ela estudou turismo sexual em Natal, RN, e conta um pouco da história de algumas mulheres que ela conheceu e conviveu lá por alguns anos. Vai ser um livro grande e estou bem ansiosa pra concluir e ver tudo pronto, estou gostando muito da história.

Como está sendo trabalhar em Os Mundos de Liz?

Minha contribuição foi rápida, uma tirinha dominical, mas confesso que foi um desafio pra mim pensar em algo que coubesse numa única página, pois já estou acostumada a histórias mais longas. Rabisquei umas ideias meio absurdas que descartei antes da versão final. De qualquer forma, gostei de ter colocado coisas aleatórias na história, me diverti fazendo.

Últimas palavras.

Pra quem quiser acompanhar meu trabalho é só me seguir no Instagram, @deborasantosart, sempre coloco coisas que estou fazendo e onde vou estar nas próximas feiras. Também dá pra acompanhar o Instagram da Netuno Press, @netunopress. Na minha página deborasantosart.tumblr.com tem todo o meu portfólio lá, bem como meu contato (e-mail) para comissions.

Publicado por Daniel Brandão

O Estúdio Daniel Brandão produz quadrinhos, ilustrações, criações de personagens e mascotes. Aqui também são oferecidos cursos de Desenho, HQ, Desenho Avançado e Mangá, além de aulas particulares.

Mapa de Influências

fevereiro 20, 2018


Através da Labs Iconic Network, muitos produtores publicaram seus Mapas de Influência – uma lista visual de artistas que os inspiram e que, de alguma forma, influenciaram em seus trabalhos e na criação de suas identidades -, utilizando-se do aplicativo nesse link: labs.iconic.network/mapa.

Tomados pelo mesmo sentimento, os profissionais do Estúdio Daniel Brandão compartilharam seus “mapas”, alguns dos quais você pode conferir nessa publicação.

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Ter – e/ou descobrir – um artista, estúdio ou iniciativa que influencie a produção é uma parte importantíssima no estudo de artes. A grande maioria dos artistas são influenciados por outros, acrescentando soluções de profissionais anteriores ou contemporâneos a eles e adicionando essas soluções a suas próprias, fazendo de suas identidades um “pequeno frankenstein” de estilos e experiências.

Publicado por Daniel Brandão

O Estúdio Daniel Brandão produz quadrinhos, ilustrações, criações de personagens e mascotes. Aqui também são oferecidos cursos de Desenho, HQ, Desenho Avançado e Mangá, além de aulas particulares.

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