Qual sua história? Não a que você vai escrever ou desenhar ou pintar, mas aquela que veio antes de você. Aquela que te define, que formou a pessoa que você é. Aquela que ainda não acabou, porque ainda há vida pulsando em suas veias e incertezas o suficiente para que você passe um tempo nessa espacial esfera azul tentando descobrir as respostas ou se relacionar melhor com as perguntas.
“A busca por quem somos” é tema de muitas narrativas, fazendo com que voltemos aos nossos passados pessoais (ou Históricos) para descobrir parte de quem somos e termos uma maior clareza do caminho que podemos (ou queremos) percorrer. Para a arte, descobrir (ou voltar) ao passado é uma experiência fascinante, pois é reencontrar mestras e mestres que acertaram, erraram e experimentaram para que pudéssemos ter o que temos hoje.
Artistas que retornam à história de suas artes, costurando suas narrativas pessoais com suas produções, entrelaçando-as nas linhas das biografias daqueles que referenciam e nas produções destes, costumam viver experiências de auto-descobertas únicas, nas quais o aprendizado é levado por sentimentos de significação e encaixe no mundo.
É cruel esperar que a arte tenha como pesado objetivo definir o futuro. Isso é consequência natural de uma produção que vive o presente, respeitando seu passado, reconhecendo sua história, aprendendo com sua própria crônica e na reconstrução de sua memória.
E você, artista, em que lugar do passado está seu presente?