Trabalhar sobre a prancheta ou em frente à tela pode ser muito solitário. Passa-se horas sem muitas companhias além da própria criatividade e, principalmente, usando intensivamente as técnicas. Apesar de ser um processo prazeroso, ele acaba por criar um ambiente muito individual – quase levando a uma “desconexão” entre o artista e o mundo à sua volta.
Dar um tempo para dedicar-se à produção é bom e necessário, mas a arte só tem a ganhar quando adicionamos mais mentes que trabalham de forma consoante conosco. Grandes produções hollywoodianas são um imenso trabalho em grupo e todos – quando bem alinhados – sempre enriquecem o produto final. Sofia Coppola é uma diretora estadunidense que não se sente boa em nada, mas procura se cercar de bons profissionais que podem ajudá-la a dar forma às suas ideias. Nos quadrinhos, por mais que existam muitos exemplos de premiados artistas que fazem todo o processo, uma parte se sente muito à vontade – e até preferem – trabalhar em duplas ou grupos. Os irmãos Cafaggi e a dupla Bá-Moon são bons exemplos de parcerias bem sucedidas.
Somos seres sociais e, com isso, precisamos estar e ter com outros. É necessário sim momentos consigo, mas faz parte de nosso amadurecimento – como artistas e pessoas – aprender, trabalhar e criar em grupo. Então, faça parte de uma comunidade, comece uma parceria e cruze seu caminho com aqueles que podem adicionar algo a seu trabalho, somando o seu mesmo ao deles também.