Do que é feita a criatividade?

outubro 03, 2018


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Será que existe um trabalho 100% original, nascido do grande “zero” criativo de seu produtor? Acreditamos com segurança que não. Toda e qualquer obra é resultado de um conjunto de fatores: família, sociedade, cultura e, principalmente, as obras que vieram antes.

Muitos autores clamam pela originalidade “pura”, aquela que é completamente livre de toda e qualquer influência, mas pensar dessa forma é se imaginar num mundo sem leituras, filmes, desenhos ou, indo mais longe, sem espaço, estruturas, climas, natureza. Porque a expressão artística passa pela etapa de copiar aquilo que você primeiro tem contato: as crianças copiam o mundo a sua volta, os desenhistas começam copiando seus artistas preferidos para entender como eles chegaram a certas soluções.

Após isso, transforma-se as ideias, dando uma direção muitas vezes não vista pela o “autor-influenciador”, encontrando pontos de vista inesperados para algo já conhecido e, por fim, chega-se à arte “original’, na verdade, a arte com a identidade e impressão única de cada artista, através da combinação de tudo o que ele sente, conhece, consome, é – naquele momento, por aquele instante.

Assim, a verdadeira arte não é algo “puro”, livre do mundo ao redor, mas algo completamente orgânico, uma miscigenação daquilo que nos faz humanos.

Então estude, transforme e combine!

Everything is a Remix é um documentário feito por Kirby Ferguson que procura investigar as origens, o presente e o futuro da produção de cultura e tudo o que a envolve. Dê o play e confira.

Publicado por Daniel Brandão

O Estúdio Daniel Brandão produz quadrinhos, ilustrações, criações de personagens e mascotes. Aqui também são oferecidos cursos de Desenho, HQ, Desenho Avançado e Mangá, além de aulas particulares.

Há mais na vida do que ser feliz

setembro 26, 2018


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O texto de hoje é inspirado/retirado da palestra da jornalista e escritora Emily Esfahani Smith para o TED: There’s more to life than being happy (Há mais na vida do que ser feliz – em tradução livre), cujo vídeo foi replicado depois do texto.


Existe, hoje em dia, uma certa pressa entre jovens (e mesmo experientes) artistas em transformar sua arte em trabalho e, por sua vez, em dinheiro. Não é algo condenável e o segundo costuma ser (também) um indicador de sucesso e reconhecimento, além de trazer segurança e conforto para se continuar produzindo. Mas acreditamos que isso é uma consequência, não um fim.

Fazer arte tem muito a ver com pertencer a um lugar, um grupo, uma comunidade. Quando se produz e se expõe arte, esta nos aproxima de pessoas que se identificam com ela e que costumam ter uma linguagem e pensamentos bem semelhantes, dando segurança de não se estar sozinho no mundo.

Criar arte também é muito relacionado a se ter um propósito: produz-se porque sentimentos devem ser expressos, informações devem ser passadas, porque aquelas horas da madrugada em que se está concentrado pintando, desenhando, escrevendo deixam a vida mais plena, mais real – tanto que quando se acaba uma peça de arte, o coração já se movimenta para a próxima.

Outro sentimento que a produção de arte conjuga é de se sentir parte de algo maior, de que aquilo que se faz poderá alcançar, tocar e mover outros, porque a língua da arte pode tanto íntima e única, mas também universal. Muitos autores falam dessa sensação de transcendência ao se produzir: JM Dematteis, roteirista de quadrinhos americano, certa vez disse “a única coisa que me mantém fazendo [arte] é a certeza de que faço algo maior que eu mesmo” (texto adaptado) – outros percebem essa sensação depois de publicados e verem o quanto suas obras marcam e mobilizam outros.

Por fim, criar envolve contar uma importante história: a do próprio artista. É uma forma de descobrir uma verdade sincera sobre si mesmo, numa linguagem e símbolos com os quais se sente à vontade, muitas vezes num processo de autodescoberta e aceitação constantes, já que uma obra sempre leva à outra e à seguinte e cada uma delas dizem algo, revelam algo, demonstram algo.

E você, artista, já produziu hoje?

A jornalista e escritora Emily Esfahani Smith depõe no TED Talks sobre seus estudos acerca da vida e do que acreditamos ser felicidade. Sua curta palestra inspirou a newsletter dessa semana, na qual adaptamos sua fala para o que dá sentido à nossa vida: arte. Dê o play e confira.

*Atenção: vídeo em inglês, mas ative as legendas em português no botão “Legendas”!

Publicado por Daniel Brandão

O Estúdio Daniel Brandão produz quadrinhos, ilustrações, criações de personagens e mascotes. Aqui também são oferecidos cursos de Desenho, HQ, Desenho Avançado e Mangá, além de aulas particulares.

Ei, Artista, já se alongou hoje?

julho 03, 2018


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Gostamos sempre de imaginar que os artistas que nos acompanham são pessoas super empolgadas e raçudas, que passam horas em cima do papel desenhando ou na frente do computador escrevendo ou por sobre suas várias referências estudando, mas… será que eles já alongaram? Será que estão bebendo líquidos o suficiente? Será que estão praticando outros exercícios além de manusear o material de desenho?

Estar em um ambiente bem iluminado, sentado em uma cadeira que se ajuste à ergonomia de seu trabalho, fazendo pausas regulares para alongar-se, separar um horário para exercícios regulares e tomar muito líquido são cuidados básicos que podem parecer chatos em um primeiro momento, mas alongam a qualidade de vida de qualquer artista – os quais passam muito tempo em uma única posição, por vezes fazendo um trabalho divertido, mas bastante repetitivo – permitindo que ela/ele se mantenha mais tempo fazendo o que mais gosta: arte!

Por isso, artista, cuide de sua saúde e mande bala na sua produção!

Publicado por Daniel Brandão

O Estúdio Daniel Brandão produz quadrinhos, ilustrações, criações de personagens e mascotes. Aqui também são oferecidos cursos de Desenho, HQ, Desenho Avançado e Mangá, além de aulas particulares.

História das HQs do Ceará

janeiro 30, 2018


Hoje é dia do quadrinho nacional e a Fundação Demócrito Rocha publicou no YouTube o documentário em longa-metragem sobre a história das histórias em quadrinhos no Ceará! Primeiro registro do gênero no estado cearense, contando com a participação de diversos quadrinistas, professores, pesquisadores e amantes das HQs, um projeto de realização da Fundação Demócrito Rocha (FDR) em parceria com a SecultFOR. Confira o filme!

Direção: Roberto Santos

Idealização, coordenação, pesquisa e roteiro: Raymundo Netto

Proj. Gráfico: Amaurício Cortez

Produção: Sabrina Ximenes

Motion Graphics: Gerson Rodrigues

Montagem: Gerson Rodrigues, Leandro Kemps e Rui Ferreira

Finalização: Gerson Rodrigues, Leandro Kemps e PH Diaz.

Ano de produção: 2017.

Publicado por Daniel Brandão

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